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segunda-feira, 24 de abril de 2017

Igreja recomenda que católicos não votem em políticos favoráveis à reforma da Previdência


Na Paraíba, padres de diversas paróquias já iniciaram o movimento de alerta aos parlamentares da bancada federal
Mais política | Em 23/04/17 às 09h52, atualizado em 23/04/17 às 11h59 | Por Redação, com André Gomes, do Correio Online
Rafael Passos (Jornal Correio da Paraíba)
Igreja é contra reforma na Previdência
A Igreja está recomendando ao eleitor que não vote no político que for favorável as reformas apresentadas pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB), principalmente a da Previdência, na forma que está tramitando no Congresso Nacional.

Na Paraíba, padres de diversas paróquias já iniciaram o movimento de alerta aos parlamentares da bancada federal com a leitura da carta da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que condena as mudanças propostas pela União. Depois de mais de duas décadas, a Igreja Católica volta a construir um alinhamento político com a população, se reposicionando em questões de interesse da sociedade de forma mais direta e com campanhas de conscientização dos católicos eleitores.
Segundo o vigário geral Virgílio Bezerra, em João Pessoa, a Igreja teve um papel de protagonismo durante a década de 80, mas recuou nas décadas seguintes com o advento e fortalecimento dos movimentos sociais.
“Eu participei ativamente na década de 80 dos debates e defesas dos interesses da população promovidos pela Igreja. Com os movimentos sociais, continuamos atuando, mas de forma mais resguardada”, disse.
Para o administrador apostólico da Arquidiocese da Paraíba, Dom Genival Saraiva de França, a chegada do Papa Francisco ao posto de maior autoridade da Igreja Católica abriu espaço para discussões como esta sobre a Reforma da Previdência.
“Sem dúvida nenhuma, a gente observa que a evangelização do Papa Francisco tem o rosto do povo. A exaltação apostólica e a evangelidade estão nessa direção dos grandes apelos e desafios da sociedade”, disse Dom Genival.
De acordo com o administrador apostólico, a Igreja tomou consciência da necessidade de se manifestar porque está no meio do povo e vive diretamente as problemáticas da população. Dom Genival considera que essa discussão sobre a reforma da Previdência no tempo pascal é relevante “diante daquilo que se presume ser uma estrada difícil”. Segundo ele, a mobilização da população é um elemento norteador para essas discussões que estão sendo iniciadas dentro da Igreja Católica.

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