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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Rodolpho Carlos passa de suspeito a acusado e vira réu no caso do agente Diogo


Segundo decisão de juíza, é dado início à instrução criminal e fica determinada a citação de Rodolpho para responder à acusação por escrito no prazo de dez dias
Justiça | Em 07/02/17 às 20h21, atualizado em 07/02/17 às 21h01 | Por Redação
Reprodução/TV Correio
Rodolpho Carlos, acusado de matar agente da Lei Seca
A juíza Thana Michelle Carneiro aceitou a denúncia do Ministério Público da Paraíba contra Rodolpho Gonçalves Carlos da Silva, de 24 anos, que vira réu e passa a ser considerado acusado de matar o agente da Operação Lei Seca Diogo Nascimento Souza, de 34 anos, na madrugada do dia 21 de janeiro, em João Pessoa. A magistrada, no entanto, não julgou o pedido de prisão, deixando essa questão para o titular do 1º Tribunal do Júri, Marcos William, que deve voltar das férias nesta quarta-feira (8). Parentes e amigos lamentam a demora para a resolução do caso. Confira abaixo vídeo da TV Correio.
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Segundo decisão assinada nessa segunda-feira (6) e publicada nesta terça (7), é dado início à instrução criminal e fica determinada a citação de Rodolpho para responder à acusação por escrito no prazo de dez dias.
“A decisão deve ser tomada pelo titular do 1º Tribunal do Júri. Eu achei mais prudente aguardar. A gente tem que ter tranquilidade e confiar na Justiça”, disse Thana Michelle Carneiro.

A defesa do réu se pronunciou sobre o andamento do processo. “Vamos aguardar as formalidades legais para responder à acusação dentro dos limites processuais”, disse o advogado de Rodolpho, José Ideltônio Moreira Júnior.
Familiares e amigos seguem pedindo justiça e realizando mobilizações para chamar atenção para o caso.
“Nós sabemos que a juíza deve ter base legal para tomar essa decisão de esperar o titular voltar para decidir, mas a gente questiona se isso um dia vai chegar a ser resolvido, porque cada juiz que chega, vai embora e não decide é mais uma dor para os amigos e familiares, que estão aguardando pela prisão do criminoso, que continua solto e ninguém chama a responsabilidade para si para decidir”, disse um dos amigos da vítima durante ato no Fórum Criminal da Capital. “Nós não aguentamos mais tanta dor e sofrimento”, concluiu.
O Caso
Diogo Nascimento foi atropelado na madrugada do dia 21 de janeiro quando trabalhava em uma operação da Lei Seca. O suspeito de atropelá-lo, Rodolpho Gonçalves Carlos da Silva, teria desobedecido ordem de parada e avançado um Porsche sobre o agente. A vítima chegou a ser socorrida para o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, mas morreu no dia seguinte.

A Justiça pediu que Rodolpho fosse preso, mas o desembargador Joás de Brito concedeu habeas corpus na madrugada do dia 22 de janeiro, antes mesmo do suspeito ser detido. O carro dele foi apreendido. Durante a semana que se sucedeu ao atropelamento, a Polícia Civil e o Ministério Público da Paraíba formularam novo pedido de prisão de Rodolpho.

A defesa do acusado alega que ele está colaborando com as investigações, entregou Carteira de Habilitação e o passaporte e que não há impunidade porque todos os requisitos legais de ampla defesa e direito ao contraditório vêm sendo cumpridos.

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