PIEMONTE FM

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Hospitais de trauma deixam de reter macas na Paraíba

FONTE:SIMONE OLIVEIRA/POSTAGEM:SATIRO COELHO AYRES/COMANDO DO POVO

trauma macasO Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), vem garantindo mais agilidade ao atendimento humanizado nas maiores unidades de urgência e emergência da Paraíba com o processo de liberação de macas. Com o “Macas Livres”, os Hospitais de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa; e o Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, não têm mais a necessidade de reter ou adquirir macas extras.
De acordo com a coordenadora da Emergência do Hospital de Trauma de João Pessoa, Leide Néria Carvalho, as macas livres agilizam o atendimento geral dos pacientes. “Agora a gente consegue que os pacientes não demorem mais nas áreas. O tempo de espera por atendimento é mínimo. Sem maca retida, a gente consegue liberar os pacientes mais rápido, pois o atendimento está sendo rápido”, explicou.
Leide disse ainda que toda a equipe multidisciplinar do hospital (médicos, em conjunto com a equipe de enfermagem, assistente social e psicólogos) se uniu buscando resolver o problema de retenção de macas. “Tem dias que chegamos a ter 32 macas livres. A rapidez no primeiro atendimento é primordial para que o paciente saia sem sequela. O Hospital de Trauma de João Pessoa visa melhorar cada dia mais o seu atendimento”, concluiu a coordenadora.
Segundo a diretora de Assistência do Trauma de João Pessoa, Sabrina Bernardes, o hospital vem passando por um momento de atendimento com uma agilidade maior do centro cirúrgico, e uma resposta mais eficiente na porta de entrada. “Isso graças ao apoio por parte do Governo do Estado, que fez uma mobilização médica quanto à necessidade de um atendimento mais rápido e mais eficiente. E em contrapartida, a gente teve o início da ampliação do nosso centro cirúrgico, a resolução do problema da anestesia que também colaborou com uma maior agilidade, um maior fluxo hospitalar como um todo”, disse.
Ela ressaltou a importância do Hospital de Traumatologia e Ortopedia da Paraíba (HTOP), que dá suporte e retaguarda ao Trauma de João Pessoa. “Hoje a gente tem o HTOP com um volume cirúrgico grande, e no momento a gente tem disponibilidade até de vaga em ortopedia no HTOP. Isso refletiu diretamente na nossa emergência, que tem ficado sem problemas em relação à maca. A porta de entrada continua enorme, o número de atendimentos muito grande, só que a mobilização deles dentro do hospital , a resolutividade dentro da unidade, tem sido muito boa”, explicou.
E ressaltou: “A gente não comprou nenhuma maca, mas essa agilidade na resolutividade do paciente cirúrgico que acontece hoje, e o melhor contato com outras unidades para tentar redirecionar o paciente que não é do nosso perfil para outros serviços, vem dando excelentes resultados. Hoje a gente tem um fluxo que começa de manhã com 30 pacientes e chegamos às 15 horas com apenas cinco, seis. Essa agilidade é resultado de todo um trabalho humanizado que vem sendo realizado pela equipe, buscando sempre oferecer um melhor atendimento à população paraibana”, disse Sabrina.
Por dia, é realizada uma média de 200 atendimentos no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, já cirurgias são 500 por mês. Algumas medidas foram adotadas na unidade para melhorar o atendimento, a exemplo, da contratação de 38 médicos anestesiologistas, que foram recepcionados, no dia 1º deste mês, pela secretária de Estado da Saúde, Roberta Abath. Com a entrada da nova equipe de anestesiologistas, um mutirão de cirurgias eletivas ortopédicas foi iniciado. Antes, a unidade contava com apenas três anestesistas por plantão, agora são seis, sendo um em cada sala cirúrgica, que é o que preconiza o Ministério da Saúde.
Além da chegada da nova equipe médica, a unidade agora conta com um aparelho de anestesia Diston, que veio para facilitar e otimizar o trabalho dos profissionais de saúde; e o Governo do Estado também ampliou as salas cirúrgicas de quatro para seis.
“O maior legado da humanização é o resgate ético de si mesmo”, disse a secretária de Estado da Saúde, Roberta Abath, destacando que as medidas adotadas vêm organizar, agilizar o fluxo de atendimento de forma integrada e multiprofissional, humanizando a porta de entrada da urgência e emergência das maiores unidades da rede hospitalar estadual.
Envolvido em um acidente de moto na noite do sábado (18), Nathan Pereira Alves, disse que ficou impressionado com o atendimento aos pacientes, que superou todas as suas expectativas. “Eu não lembro muito do acidente no qual me envolvi, mas desde que acordei estou sendo muito bem atendido. Todos os profissionais daqui são bastante atenciosos, o material usado é de primeira qualidade. Enfim, atendimento perfeito, dos técnicos aos médicos, o pessoal da limpeza, todo mundo muito atencioso e educado. Estou me sentindo em um hospital particular, aliás, o Hospital de Trauma de João Pessoa não deixa nada a desejar, é melhor que muito hospital particular. Estou muito satisfeito”, afirmou o paciente.
Segundo Edvan Benevides, diretor técnico do Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena,o trabalho que tem sido desenvolvido possibilitou intensificar a rotatividade dos leitos, a agilidade no primeiro atendimento e o incremento na quantidade de cirurgias. “De certa forma isso fez com que a gente conseguisse disponibilizar muito mais vagas para os pacientes do hospital que chegam para o primeiro atendimento. O nosso atendimento sendo mais ágil na disponibilidade de leitos faz com que as macas sejam liberadas muito mais rápido. As macas não ficam ocupadas nem mais os trinta minutos do primeiro atendimento”, disse Edvan Benevides.
Trauma de Campina Grande – De acordo com o diretor geral do Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes de Campina Grande, Geraldo Medeiros, a disponibilidade de macas ocorreu em função de triagem mais apurada na sala vermelha do hospital, com o redirecionamento de pacientes que não faziam o perfil da unidade hospitalar, encaminhando-os aos hospitais de retaguarda, além do apoio da Secretaria de Estado da Saúde no atendimento às demandas do hospital.
O diretor ainda destacou que a unidade atende à população de Campina Grande e mais 203 municípios do Estado. “Por dia, uma média de 250 a 300 pacientes dão entrada noacolhimento e triagem do hospital. Uma média de 30 cirurgias é realizada por dia na unidade. Vinte macas ficam disponíveis por dia no Trauma de Campina Grande. Além disso, um total de 338 médicos faz parte da equipe multiprofissional composta por assistentes sociais, fisioterapeutas, urologistas, técnicos de enfermagem, além de outros profissionais. São 60 médicos de plantão diariamente”, informou.

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