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domingo, 11 de janeiro de 2015

Folha revela que ministro Gilberto Kassab vai convidar o governador Ricardo Coutinho para deixar o PSB e ingressar no novo partido


Folha revela que ministro Gilberto Kassab vai convidar o  governador Ricardo Coutinho para deixar o PSB e ingressar no novo partido
 A edição deste domingo (11), da Folha de São Paulo trouxe uma reportagem que pode mudar o cenário político na Paraíba e definir novos rumos para o futuro dos socialistas. Segundo a matéria, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), pretende convidar o governador do Estado Ricardo Coutinho (PSB), para ingressar no novo partido que ele está tentando criar. 

Kassab espera engordar as fileiras de seu partido no Congresso Nacional e, consequentemente, seu poder de barganha no governo federalpatrocinando a recriação de uma legenda, o PL, que seria, em seguida, alvo de uma fusão com o PSD.

Aliados do ex-prefeito de São Paulo afirmam que ele estima atrair até 30 deputados federais para a nova sigla, além de dois a três governadores e senadores. Em conversas reservadas, Kassab e até dirigentes de legendas, mencionam a migração de pelo menos dois governadores ao novo PL: José Melo (Pros), do Amazonas, e Ricardo Coutinho (PSB), da Paraíba. 

A operação colocou em alerta partidos de oposição e aliados da base governista. Se conseguir concretizar a fundação do PL com o sucesso que projeta nos bastidores, Kassab passará a comandar a segunda maior bancada do Congresso, desbancando o PMDB, que elegeu 66 federais. O PSD tem hoje 37 deputados. A desconfiança de que o projeto tem o aval do Planalto e da presidente Dilma Rousseff (PT) irritou peemedebistas, que veem nisso uma tentativa de diminuir a importância do partido nas votações do Congresso. A oposição, que já sofreu baixas quando Kassab saiu do DEM para criar o seu PSD há três anos e, em consequência, aderir ao governo, agora tenta evitar novas defecções. 

PSB, DEM e PSDB estudam fazer uma consulta formal ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a legitimidade da criação do partido com vistas a uma posterior fusão. A oposição espera, com isso, constranger os que pretendem deixar suas legendas. 

A antiga legenda foi extinta em 2006, após uma fusão com o Prona, lance que deu origem ao PR, do ex-deputado condenado no mensalão Valdemar da Costa Neto. Procurado, Kassab não quis falar sobre o assunto. Oficialmente, quem coordena a refundação do PL é um assessor do governo de Goiás, Cleovan Siqueira, de 62 anos. 

Os dois militaram no antigo PL em 1989, quando a sigla lançou Guilherme Afif Domingos à Presidência.  A antiga legenda foi extinta em 2006, após uma fusão com o Prona, lance que deu origem ao PR, do ex-deputado condenado no mensalão Valdemar da Costa Neto. "Em 2007 eu decidi refundar o partido, e desde então trabalho nisso", diz Cleovan. 

Em sete anos, ele calcula ter conseguido cerca de 85 mil das quase 500 mil assinaturas exigidas por lei para legitimar a criação de uma sigla.  Kassab entrou no plano em 2014 e, em menos de um ano, incorporou quase 400 mil apoios. A expectativa é ter tudo pronto em fevereiro para fazer o pedido de registro na Justiça Eleitoral. .

Redação com Folha de São Paulo

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